13 de junho, 2025
Você provavelmente já ouviu falar do jejum intermitente como uma estratégia para emagrecimento ou controle glicêmico. Mas e se ele também pudesse ser um aliado no tratamento do câncer?
Essa hipótese tem ganhado força em estudos científicos recentes — e o que se descobre a cada nova publicação é, no mínimo, promissor.
Neste artigo, você vai entender como o jejum intermitente pode influenciar o metabolismo celular, quais são os mecanismos envolvidos e até onde a Nutrição Oncológica pode (ou não) incorporar essa prática.
O jejum intermitente não é uma dieta com foco em calorias ou nutrientes específicos. Ele é um padrão alimentar que organiza a ingestão de alimentos com base no tempo — com períodos programados de jejum intercalados com períodos de alimentação.
Protocolos como o 16:8 (16 horas de jejum, 8 horas de alimentação) ou o time-restricted feeding (alimentação dentro de uma janela diária) têm sido amplamente estudados por seus impactos em:
É justamente essa influência em mecanismos celulares e metabólicos que tem despertado o interesse da Nutrição Oncológica. Pesquisadores investigam se o jejum pode atuar como uma estratégia adjuvante ao tratamento do câncer — e os resultados são animadores, mas exigem cautela.
Estudos indicam que o jejum pode modular vias metabólicas associadas ao crescimento tumoral, como mTOR, IGF-1 e insulina. Em paralelo, promove a proteção das células saudáveis por meio da ativação da autofagia — processo de reciclagem celular essencial para a manutenção da homeostase.
Outro fator relevante é a influência do jejum nos ritmos circadianos. Ao sincronizar os ciclos de alimentação com o relógio biológico, há melhora na expressão gênica, resposta imunológica e microbiota intestinal — aspectos diretamente ligados à saúde metabólica e ao risco de doenças crônicas, incluindo o câncer.
Pesquisas com modelos animais e humanos mostram que o jejum intermitente pode
Apesar disso, a maioria dos estudos ainda é pré-clínica ou piloto, o que significa que a aplicação em larga escala na prática clínica precisa ser feita com critério.
Em pacientes com bom estado nutricional, sob supervisão profissional, o jejum pode ter efeito protetor e até melhorar a tolerância aos tratamentos oncológicos.
Mas em pacientes com:
…a prática do jejum pode agravar o estado clínico e comprometer a resposta ao tratamento.
Por isso, o nutricionista precisa ter um olhar clínico apurado para avaliar caso a caso e tomar decisões baseadas em evidência e segurança.
O jejum intermitente é um excelente exemplo de como a ciência nutricional está em constante evolução. A cada nova descoberta, somos convidados a atualizar nossos conhecimentos e rever condutas — sempre com responsabilidade e foco no cuidado humano.
Para atuar de forma segura e atualizada em Nutrição Oncológica, o profissional precisa muito mais do que dominar protocolos: é essencial entender os mecanismos por trás das estratégias nutricionais, conhecer seus limites e avaliar sua aplicabilidade prática com ética e senso clínico.
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Referências utilizadas neste artigo:
Longo, V. D., & Panda, S. (2016). Fasting, circadian rhythms, and time-restricted feeding in healthy lifespan. Cell Metabolism, 23(6), 1048–1059.
Safdie, F. M., et al. (2009). Fasting and cancer treatment in humans: A case series report. Aging, 1(12), 988–1007.
De Groot, S., et al. (2015). Fasting mimicking diet as an adjunct to chemotherapy in cancer: a pilot study. BMC Cancer, 15(1).
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