16 de junho, 2025
Cuidar de um paciente em tratamento oncológico vai muito além de pensar em calorias e proteínas. Os efeitos colaterais da quimioterapia e da radioterapia impactam diretamente a capacidade de se alimentar, o apetite, o paladar e a saúde gastrointestinal. E é nesse cenário que a Nutrição assume um papel decisivo: preservar o estado nutricional e oferecer qualidade de vida mesmo diante dos desafios clínicos.
Se você é estudante de Nutrição ou já atua na área, entender essa complexidade é essencial para entregar um cuidado verdadeiramente humanizado e eficaz.
A quimioterapia é um dos pilares do tratamento contra o câncer, mas seu efeito colateral no organismo é profundo. O estudo de Corrêa e Alves (disponível no ResearchGate) avaliou 42 pacientes em tratamento quimioterápico ambulatorial e encontrou dados preocupantes:
Curiosamente, o estudo também mostrou que pacientes com excesso de peso e eutróficos relataram mais efeitos colaterais do que os desnutridos. Isso reforça a importância de avaliar mais do que apenas o IMC: o estado nutricional vai além da balança.
Cada sintoma colateral interfere de forma diferente na ingestão alimentar. Veja como:
Essas barreiras fisiológicas e sensoriais resultam, frequentemente, em déficit calórico e proteico progressivo, levando à perda de peso, de massa muscular e, em casos graves, à caquexia oncológica — uma condição de difícil reversão e com impacto direto na resposta ao tratamento.
Um dos pontos altos do estudo foi o uso da Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Próprio Paciente (ASG-PPP). Esse instrumento dá voz à percepção do paciente sobre seu próprio estado nutricional, algo que os exames laboratoriais nem sempre captam com precisão.
Na prática, isso significa sair do modo automático e ouvir de verdade:
Essa escuta ativa permite personalizar as intervenções e criar estratégias mais humanas e eficazes — um diferencial essencial para o nutricionista que atua em oncologia.
A boa notícia é que há muito o que o nutricionista pode fazer para mitigar os efeitos colaterais e manter o paciente nutrido. Algumas estratégias incluem:
Além disso, a orientação alimentar deve ser empática, leve e adaptada à rotina do paciente — respeitando preferências, cultura alimentar e limites físicos
Sim — e muito. A literatura é clara ao afirmar que a manutenção do estado nutricional durante o tratamento oncológico:
Por isso, o acompanhamento nutricional deve começar antes mesmo da perda de peso e seguir ao longo de todo o tratamento, inclusive na fase de cuidados paliativos, se necessário.
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Referências utilizadas neste artigo:
Corrêa, F. E., & Alves, M. K. (2019). Quimioterapia: Efeitos Colaterais e Influência no Estado Nutricional de Pacientes Oncológicos. ResearchGate.
Ministério da Saúde. (2013). Consenso Nacional de Nutrição Oncológica.
UniAtenas. (2021). A importância da nutrição na minimização dos efeitos colaterais ocasionados pelo tratamento do câncer de mama.
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