14 de abril, 2025
A prescrição de probióticos se tornou uma prática cada vez mais presente na nutrição clínica, especialmente entre profissionais que atendem pacientes com queixas digestivas ou doenças do trato gastrointestinal. Mas, ao contrário do que parece, não basta indicar um produto “com lactobacilos”.
Para que a intervenção seja eficaz e segura, o nutricionista precisa conhecer muito bem o que está prescrevendo — desde as cepas até os mecanismos fisiológicos envolvidos. E é aqui que o aprofundamento em nutrição em gastroenterologia e hepatologia faz toda a diferença.
Neste artigo, você vai entender os pontos essenciais que o nutricionista deve dominar antes de prescrever probióticos.
Probióticos são microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, oferecem benefícios à saúde do hospedeiro, sobretudo por meio da modulação da microbiota intestinal, fortalecimento da barreira intestinal e regulação da resposta imune.
Hoje, seu uso é recomendado em diversas condições, como:
Mas o sucesso da intervenção não está no uso indiscriminado — e sim na escolha correta e fundamentada da cepa probiótica.
Diferentes cepas possuem diferentes mecanismos de ação. Ou seja, nem todo probiótico serve para qualquer situação.
A Organização Mundial de Gastroenterologia orienta que o profissional conheça:
Um erro comum é utilizar o termo “probiótico” como se fosse um único produto. Na prática clínica, essa generalização pode comprometer resultados e gerar descrédito com o paciente.
O nutricionista deve saber analisar criticamente os produtos comerciais. Para isso, alguns pontos-chave devem ser verificados:
Lembrando que suplementos alimentares e medicamentos probióticos seguem regulações diferentes no Brasil, o que reforça a importância de entender a legislação da ANVISA e as diretrizes dos Conselhos Regionais de Nutrição.
O nutricionista pode prescrever probióticos, sim — desde que respeite o Código de Ética e as diretrizes da ANVISA quanto à segurança, rotulagem e categoria dos produtos.
Segundo o parecer técnico do CRN-3, o nutricionista tem respaldo para prescrever probióticos como parte de sua prática clínica, desde que possua conhecimento técnico-científico sobre o produto e seu uso terapêutico.
Prescrever é só o começo. O acompanhamento contínuo da resposta clínica é fundamental.
O nutricionista que domina a área digestiva sabe que a resposta ao probiótico depende de fatores individuais, como microbiota de base, alimentação, uso de medicamentos e estilo de vida. Por isso, a reavaliação é parte indissociável da conduta.
Se você chegou até aqui, já percebeu que prescrever probióticos exige muito mais do que conhecer a bula. É preciso compreender fisiopatologia, microbiota, interações dietéticas, evidências clínicas e protocolos atuais.
É por isso que muitos nutricionistas estão buscando especializações em nutrição em gastroenterologia e hepatologia: áreas em constante crescimento, com forte base científica e com uma demanda clínica que vai além das doenças intestinais clássicas.
Na prática, a formação específica permite:
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